Fluxo Papilar

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Defini-se fluxo papilar como aparecimento de secreção pela papila (mamilo) fora do ciclo gravídico-puerperal. A secreção láctea é denominada galactorreia e a não láctea telorréia.

Representa sintoma responsável por 5 a 10% das queixas no ambulatório de mastologia. É mais prevalente durante a fase reprodutiva da mulher, e principalmente em mulheres que já tiveram filhos.

Na grande maioria dos casos a origem do sintoma ocorre por alterações benignas, mas este diagnóstico deve ser sempre de exclusão, ou seja, investigar todos os casos para ter certeza do diagnostico de benignidade.

Podem ocorrer por fatores próprios da glândula mamária (intra e extraductais): (papilomas, adenomas, hiperplasias, infecções, neoplasias) ou fatores extramamários (relacionados ao controle da produção láctea).

O fluxo papilar pode ser classificado de diversas maneiras:

– Lateralidade:  unilateral ou bilateral

– Número de orifícios: único ou múltiplos

– Aparecimento: espontâneo ou provocado à expressão

– Aspecto macroscópico (lácteo, purulento, multicolorido, viscoso, cristalino, seroso, hemorrágico).

O diagnóstico do fluxo papilar é possível através da anamnese e exame físico, além de exames complementares como mamografia, ultrassonografia, ressonância magnética, citologia, além da ductografia e ductoscopia, estes últimos pouco utilizados nos dias aatuais.

Na anamnese é importante buscar informações sobre a história familiar, uso de terapia hormonal, utilização de medicações, manipulação excessiva da papila ou traumas, idade, outros sinais ou sintomas mamários e características da secreção.

À inspeção procura-se confirmar os dados da anamnese quanto às características do fluxo papilar. É importante visualizar a secreção sobre uma gaze branca.

A palpação deve ser orientada no sentido de promover a saída da secreção e estabelecer a localização ou segmento mamário que está dando origem ao fluxo (“ponto de gatilho”).

O fluxo papilar hemorrágico ou cristalino, espontâneo, unilateral e uniductal,  apresenta uma suspeita maior quando comparado ao fluxo multicolorido, provocado após expressão, bilateral e multiductal.

Tratamento do Fluxo Papilar

O tratamento depende das características do fluxo papilar, sendo que a maioria necessita somente orientação e suporte ao paciente.  A avaliação consiste em excluir a causa neoplásica e orientar a paciente sobre os possíveis fatores causais. No caso de desconforto pelo derrame contínuo, a cirurgia pode ser a conduta definitiva.

Na paciente que deseja ainda amamentar realiza-se uma ressecção seletiva do ducto acometido. Em pacientes sem desejo de amamentação ou pós-menopáusicas, a ressecção seletiva pode ser substituída pela ressecção dos ductos principais.

GALACTORRÉIA:

A galactorreia é ocasionada por fatores não mamários, em geral por alterações que causam aumento da produção do hormônio PROLACTINA (hiperprolactinemia).

A causa mais comum de hiperprolactinemia é a utilização de fármacos supressores da dopamina:

– hormônios (anticoncepcionais orais, hormônios tireoidianos);

– psicotrópicos (antidepressivos tricíclicos, opioides, inibidores das recaptação de serotonina, codeína, cocaína, heroína, sulpirida);

– antieméticos (metoclopramida);

– anti-hipertensivos (verapamil, metildopa);

– bloqueadores de H2 (cimetidina).

Outras causas de aumento da prolactina:

– lesões no sistema nervoso central (encéfalo)

– lesões da parede torácica

– doenças sistêmicas (insuficiência renal crônica, hipotireoidismo primário, diabetes mellitus, hepatopatias)

– outras causas (anovulação, coito, estimulação mamária, DIU, pseudociese).

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