Ginecomastia, suas causas e tratamentos

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Ginecomastia é a proliferação benigna do tecido glandular no sexo masculino. Esta anormalidade é mais frequente em adolescentes e idosos. Na maior parte dos casos é uma condição fisiológica e transitória, porém uma investigação clínica aprofundada é necessária muitas vezes para descartar causas patológicas.

O diagnóstico diferencial deve ser feito entre ginecomastia e lipomastia, esta última é o acúmulo de gordura na região pré-peitoral, e é considerada uma falsa ginecomastia (pseudoginecomastia).

O achado pode ser uni ou bilateral e seu diagnóstico se dá pela palpação de glândula mamária na região retroareolar e pelo exame de mamografia. A incidência encontra-se em três picos: nos recém-nascidos, na adolescência e na senectude.

A ginecomastia ocorre por um desequilíbrio entre a concentração de estrogênio e testosterona livre circulante. Na maioria dos casos não se identifica uma causa orgânica para o problema, sendo assim chamada de idiopática (sem causa).

Entretanto, deve ser sempre descartado a associação com causas externas e patológicas.

Dentre as causas conhecidas de ginecomastia patológicas temos:

– Patologias (síndrome de Kleinefelter, neoplasias de pumão, adrenal, próstata, doença de Parkinson, cirrose, hepatoma, insuficiência renal crônica, desnutrição, hipertireoidismo);

-Medicamentos (anfetaminas, captopril, cetoconazol, esteróides, anabolizantes, espironolactona, haloperidol, nifedipina, prednisona, zoladex, diazepam, metronidazol, flutamida, verapamil, amiodarona, antiretrovirais,  metoclopramida, antipsicóticos, finasterida, omeprazol, ciclofosfamida, teofilina);

-Drogas (maconha, álcool, heroína).

Na avaliação diagnóstica a anamnese é importante, e deve-se considerar patologias prévias, medicações em uso e abuso de drogas.

No exame físico o achado característico é nódulo de forma discóide, consistência elástica, bordas bem delimitadas, não aderidas aos planos profundos e com crescimento concêntrico em relação ao mamilo. Apresenta-se bilateralmente em aproximadamente metade dos casos e o fluxo papilar é muito incomum. 

É importante diferenciar ginecomastia de lipomastia em pacientes obesos, e a realização de exames de imagem (mamografia) pode auxiliar tanto no diagnóstico como no planejamento terapêutico.

A investigação laboratorial consiste basicamente na dosagem sérica dos seguintes hormônios: HCG, estradiol, testosterona, hormônio luteinizante, prolactina, TSH e T4 livre.

Tratamento da Ginecomastia

O tratamento da ginecomastia dependerá da causa,  podendo ser através de orientação e/ou  retirada do fator causal se existente, ou através de medicações específicas (Ex. tamoxifeno) ou cirurgia.

Em pacientes que utilizam fármacos associados ao desenvolvimento da ginecomastia é recomendável a sua troca quando possível. O abandono de substâncias como álcool, maconha e heroína deve ser recomendado.

Nos casos suspeitos de neoplasia, o tratamento do tumor primário deve ser prioridade. Nos recém-nascidos ocorre involução espontânea quando cessa o estímulo estrogênico materno.

Em adolescentes a conduta é expectante, uma vez que na maioria dos casos ocorre a regressão espontânea. O tratamento cirúrgico pode ser considerado nos casos de desconforto social e psicológico.

O tratamento medicamentoso é controverso, e a medicação utilizada é o tamoxifeno na dose de 10-20 mg/dia por 3-6 meses. É importante considerar o aumento de eventos tromboembólicos em usuários de tamoxifeno.

O tratamento cirúrgico é o mais indicado em casos de ginecomastia idiopática sem regressão espontânea. A lipoaspiração é também utilizada em casos de lipomastias não volumosa ou associada a técnicas de cirurgia aberta. O resultado estético é geralmente favorável.

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